domingo, 25 de setembro de 2011

A Importância do Papel do Educador e da Escola, bem como a Importância da Implantação de Novos PPP

        
 A escola enquanto instituição transmissora do saber precisa ter claro sua importância na formação de um sujeito que atua em uma sociedade e deve contribuir positivamente para que esse saber seja trabalhado de forma democrática, independente de qual grupo social ele pertença. Ou seja, é papel da escola formar cidadãos, dar aos alunos a bagagem necessária para viver e trabalhar neste mundo de evolução, bem como orientá-los para a vida.
O conhecimento é quem assegura, ao indivíduo, o respeito e a sua maneira de pensar e agir, haja vista ser, no momento, o que consideramos de maior importância na elevação social, no atual momento de grandes e significativas mudanças globais. Não um conhecimento compartilhado, mas um saber dilatado, duradouro, crítico e emancipatório. E isso só é possível, se a escola abrir as portas para uma educação cidadã, que respeite as experiências vividas por seus alunos.
Cabe ao professor, considerar no exercício de sua função o aluno como sujeito de múltiplas relações, que estando em processo de formação, deve ser considerado em sua totalidade. Assim, deve garantir ao educando uma formação crítica, capaz de leva-lo a refletir sobre temáticas cotidianas e intervir positivamente em seu ambiente e, sobretudo, em sua vida para transformá-la.
Diante da quantidade e rapidez que informações nos chegam, o professor deve guiar o aluno de forma que o aprendizado possa ser recíproco e repleto de paixão. Traduzir os ensinamentos de forma que o aluno se sinta motivado e assim garantir o sucesso do conhecimento, sempre tendo em mente a utilização da criticidade no ensino e aprendizagem dos conteúdos. Nunca os considerando vazio de experiências prévias, pois isso seria a maior chacina do conhecimento e da opinião própria.
É preciso repensar o papel da escola e do professor na construção do saber crítico do aluno. Somente através de uma educação que valorize o saber crítico é que teremos mais cidadãos preparados para a vida, para enfrentar os desafios que são impostos cotidianamente por uma sociedade globalizada e excludente.
Portanto o papel da escola passa a ser mais significativo ainda, uma vez que lida com um saber que muitas vezes precisa ser repensado, reavaliado e reestruturado. (RIOS, 1995, p.32)
Escolas e professores, não podem “fechar os olhos” para a exclusão social que tanto tem contribuído para as mazelas sociais. O papel de ambos, escola e professor, pode contribuir significativamente para que tenhamos uma sociedade mais justa, um mundo mais humano e uma vida mais feliz.
Libâneo (1998) afirma que a escola com a qual sonhamos deve assegurar a todos a formação que ajude o aluno a transformar-se em um sujeito presente, capaz de utilizar seu potencial de pensamento na construção e reconstrução de conceitos, habilidades e valores.
Ao promover o desenvolvimento crítico do aluno, o docente e a escola voltam-se para uma missão de ensino reflexivo, inclusivo, permitindo que o aluno possa compreender as relações que vive entre as experiências que surgem, podendo então, mediá-las, criando novos significados, condicionando novas interações e ações sobre o seu pensar e o seu agir (THEOBALDO, 2005).
A escola, na esperança de construção da cidadania, precisa valorizar a cultura de sua própria comunidade e buscar ultrapassar seus limites, favorecendo aos alunos pertencentes aos diferentes grupos sociais, o acesso ao saber, tanto no que se refere aos conhecimentos relevantes da cultura brasileira, como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.
Ao interagirmos com o mundo, adquire-se a partir dele, experiência concreta e simbólica através da nossa prática social viva e dinâmica. Deste modo, se interage com o mundo com tudo o que concretamente ele nos propicia: seus conceitos, cultura, tendências, tecnologias e outros. Vivemos a era da sociedade do conhecimento e a sociedade atual impôs um modelo de exigência tecnológica que teve reflexo dentro da sala de aula através das Novas Tecnologias da Comunicação e Informação (NTCI). É neste contexto que as novas tecnologias adquirem utilidade pedagógica, pois, segundo Masetto (2003), a tecnologia tem papel importante no processo educativo, desde que se apresente como facilitadora no processo de aprendizagem.
O papel do professor, como mediador pedagógico, procura fundamentar-se numa nova expectativa em que os instrumentos de informações destacam-se cada vez mais, de modo que sua figura não se torne ultrapassada. O docente precisa adequar-se às novas tecnologia para enriquecer o processo da aprendizagem. Assim, a educação pode se fazer fundamental oferecendo ao indivíduo oportunidades significativas de construção de conhecimentos e valores. E para tal tarefa, pode utilizar-se das NTCIs como ferramenta, com o objetivo de promover interação, cooperação, comunicação e motivação a fim de diversificar e potencializar as relações inter e intrapessoais mediante situações mediatizadas, que venham a dar novo significado ao processo educativo e o sistema educacional” (SUANNO, 2003).
O professor assume uma nova identidade com a chegada das tecnologias no processo educacional, assim como o aluno, pois ambos trabalharão como equipe em busca dos mesmos fins – o ensino e a aprendizagem. Portanto, na aquisição do conhecimento, é preciso haver coerência entre as técnicas e os novos papéis do professor e aluno, além de estratégias que enfatizem o sujeito da aprendizagem (aluno) e o mediador (professor) para tornar favorável a participação dos alunos, a interação, a pesquisa, o debate, enfim, o trabalho coletivo que possibilita a construção do conhecimento humano.
O 'papel' do professor, como mediador, deve objetivar a dinâmica do processo de aprendizagem, impedindo a estagnação do conhecimento. Possui a responsabilidade de se adequar, abrangendo novos conhecimentos e possibilitando que o seu aluno aprenda essas novas descobertas, portanto, o trabalho do professor não é ensinar, é fazer o aluno aprender. Aprender a pensar o mundo atual como ele se apresenta e oferecer ao aluno a oportunidade de manipular e discutir as novas criações humanas, argumentando, refletindo, raciocinando logicamente, atribuindo significados e adquirindo novos conceitos. Ainda mais, interagir com o mundo, pensando criticamente, enfim, criando cultura. Estes são papéis do docente, haja visto que a relação professor-aluno implica numa interação em que o professor possui a difícil 'missão' de mediar o conhecimento através de um caminho onde é o próprio aluno que alcança a atividade intelectual.
Libâneo (2005) acredita que o professor é “um parceiro mais experiente na conquista do conhecimento, interagindo com a experiência do aluno” (p.03), permitindo que o discente tenha a oportunidade de produzir a autonomia do seu pensamento.
O docente deve incentivar o aluno a desenvolver a busca consistente de raciocínio visando uma maior produção de conhecimentos e conceitos mais elaborados e eficientes.
Conforme o Artigo 3, da Carta da Transdisciplinaridade (Adotada no Primeiro Congresso Mundial de Transdisciplinaridade Convento de Arrábida, Portugal, 2-6 novembro, 1994), a transdisciplinaridade é complementar à aproximação disciplinar: faz emergir da confrontação das disciplinas dados novos que as articulam entre si; oferece-nos uma visão da natureza e da realidade. A transdisciplinaridade não procura o domínio sobre as várias outras disciplinas, mas a abertura de todas elas àquilo que as atravessa e as ultrapassa.
            A transdisciplinaridade diz respeito ao que está, ao mesmo tempo, entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de todas as disciplinas. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, e um dos imperativos para isso é a unidade do conhecimento. É radicalmente distinta da multidisciplinaridade e da interdisciplinaridade porque sua meta, a compreensão do mundo presente, não pode ser alcançada dentro do quadro de referência da pesquisa disciplinar. É globalmente aberta, está ligada tanto a uma nova visão como a uma experiência vivida. É um caminho de autotransformação orientado para o conhecimento de si mesmo, para a unidade do conhecimento e para a criação de uma nova arte de viver.
Na visão transdisciplinar, há uma transrelação que conecta os quatro pilares do novo sistema de educação e tem sua fonte na nossa própria constituição, enquanto seres humanos. Uma educação viável só pode ser uma educação integral do ser humano. Uma educação que é dirigida para a totalidade aberta do ser humano e não apenas para um de seus componentes.
O compartilhar universal do conhecimento não poderá ocorrer sem o surgimento de uma nova tolerância fundada na atitude transdisciplinar, a qual implica colocar em prática a visão transcultural, transreligiosa, transpolítica e transnacional; visto a relação direta e indiscutível entre paz e transdisciplinaridade.
Mesmo que a educação transdisciplinar seja um processo global de longo prazo, é importante descobrir e criar lugares que ajudem a iniciar esse processo que assegure seu desenvolvimento na participação da construção do desenvolvimento humano sustentável Com efeito,  a educação transdisciplinar, por sua própria natureza, deve ser exercida não apenas nas instituições de ensino, do maternal à Universidade, mas também ao longo de toda a vida e em todos os lugares da vida.  Basarab Nicolescu   
A educação tecnológica implica sólida formação básica que contribua para superar a dualidade tradicional entre a formação técnica e geral, na esperança de uma qualificação ampla, integrada, flexível e crítica.
Portanto, a escola permite a formação de sujeitos autônomos e responsáveis ao construir suas condições de sujeitos históricos: o direito de aceso à cultura, ciência e tecnologia para todos não de forma depositadora, mas através do desenvolvimento de capacidades intelectuais e práticas dos alunos.
O aluno enquanto sujeito do processo de conhecimento necessita de oportunidades para elaborar, produzir e sintetizar os conhecimentos que são mediados pela escola. Portanto cabe a escola desenvolver o conhecimento, as capacidades cognitivas superiores.
Vygotsky é citado muito pelos professores por priorizar a interação na construção do conhecimento através da relação entre os homens e destes com o mundo, o que é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e para o processo de aprendizagem.
Como o repórter Alexandre Garcia diz: “É preciso fazer uma revolução na educação, pois fora da educação não tem salvação. Quem tem educação não é facilmente enganado. Investir em educação é economizar em saúde e segurança. A educação converte pessoas em cidadãos”.

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