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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Normas ABNT

1. ESTRUTURA DO TRABALHO
Estrutura do trabalho científico e acadêmico.

1.1 CAPA: é a proteção externa do trabalho, normalmente padronizada pelos curso.

1.2 FOLHA DE ROSTO: é a folha que apresenta os elementos essenciais à identificação do trabalho (anexo A e B)

1.3 VERSO DA FOLHA DE ROSTO: ficha catalográfica.

1.4 FOLHA DE APROVAÇÃO: autor, título, aprovado em ... , nome do orientador, banca examinadora.

1.5 DEDICATÓRIA: a critério do autor.

1.6 AGRADECIMENTO: é interessante que sejam feitos agradecimentos a pessoas e instituições.

1.7 SUMÁRIO: relação das principais divisões do trabalho na ordem em que aparecem no texto.

1.8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES: localiza-se após o sumário, em página própria. Relaciona figuras, tabelas, quadros e gráficos, na ordem em que aparecem no texto, indicando o número, o título e a página onde se encontram (Anexo C). Se houver poucas ilustrações de cada tipo, todas podem ser colocadas em uma página só.

1.9 LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS: devem ser ordenadas alfabeticamente, seguidas de seus significados. Usar uma nova página para cada lista (NB – 14:08.05.001).

1.10 RESUMO: é a apresentação resumida, clara e concisa do texto, destacando-se os aspectos de maior interesse e importância. Deve ser redigida de forma impessoal, não excedendo 500 palavras. O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho.

1.11 ABSTRACT: é a tradução para uma língua estrangeira do resumo.

2. DIVISÃO DO TRABALHO
O trabalho é dividido em introdução, texto e pós-texto.

2.1 INTRODUÇÃO: onde é definido o propósito do trabalho e como pretende-se desenvolvê-lo.

2.2 TEXTO
2.2.1 CORPO DO TRABALHO: é o texto propriamente dito, onde o assunto é apresentado e desenvolvido.

2.1.2 CONCLUSÃO: fecha com a introdução e diz o que foi pretendido, o que foi alcançado e em que grau.

2.3 PÓS-TEXTO
2.3.1 BIBLIOGRAFIA OU REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: consultada, citada ou recomendada.

2.3.2 ANEXOS: todo o material que poderia estar no texto, mas por algum motivo é deslocado para aqui. A indicação dos anexos é feita com letras maiúsculas. Ex.: Anexo A, Anexo B.

2.3.3 APÊNDICES: o que não é fundamental ao texto, mas que pode servir de apoio ao mesmo.

2.4 GLOSSÁRIO: lista em ordem alfabética de palavras especiais, pouco conhecidas, obscuras ou de uso restrito.

2.5 ÍNDICE: colocado no final do trabalho, é remissivo ao texto, podendo ser por autor, assunto, palavras-chave etc.

2.6 NOTAS DE RODAPÉ: destinam-se a prestar esclarecimentos, comprovar uma afirmação ou justificar uma informação que não deve ser incluída no texto. As notas devem limitar-se ao mínimo necessário. As notas de rodapé são colocadas no pé da página, separadas do texto por uma linha de aproximadamente 1/3 da largura útil da página, a partir da margem esquerda. A indicação da remissiva para rodapé deve ser feita com números em expoente.
Exemplo: ( ² )

3. APRESENTAÇÃO FÍSICA
3.1 PAPEL: A4 (210x297mm)

3.2 ESPAÇOS: no texto, usar preferencialmente o espaço duplo (2 cm) ou um e meio (1,5 cm), dependendo exclusivamente do que determina sua faculdade ou professor. Nas citações até quatro linhas, usar aspas e espaços iguais ao texto. Nas que tiverem mais de quatro linhas, usar espaço um e margem à esquerda de (15). O fim de uma seção e o cabeçalho da próxima são separados por espaços extras.
Observação: quando uma seção terminar próxima ao fim de uma página, colocar o cabeçalho da próxima seção na página seguinte.

3.3 MARGENS: superior e esquerda, 3 cm; inferior e direita, 2 ou 2,5 cm.

3.4 PAGINAÇÃO: seqüencial ao alto e à direita da folha, em algarismos arábicos, aparecendo a indicação e contando as páginas a partir do texto. Bibliografia, anexos, apêndices, glossário, índice etc. devem ser incluídos na numeração seqüencial das páginas.

3.5 LETRAS: usar um tipo de letra que seja de fácil leitura (Times New Roman ou Arial). Evitar usar itálico no texto: use somente em termos científicos e palavras estrangeiras.

4. NUMERAÇÃO PROGESSIVA
A numeração progressiva tem por objetivo descrever as partes de um documento, de modo a permitir a exposição mais clara das divisões e subdivisões do texto, a seqüência, importância e inter-relacionamento da matéria e permitir a localização imediata de cada parte.

4.1 SEÇÕES: são as partes em que se divide o texto de um documento.

4.2 SEÇÕES PRIMÁRIAS: principais divisões do texto de um documento, denominadas "capítulos".
seção primária: 1

4.3 SEÇÕES SECUNDÁRIAS, TERCIÁRIAS, QUATERNÁRIAS, QUINÁRIAS: divisões de texto de uma seção primária, secundária, terciária etc., respectivamente.
seção secundária: 1.1 ou 1.1.1.
São empregados algarismos arábicos na numeração.
1.2.3.4.
Pode ser usada letra maiúscula do alfabeto latino, seguido de parênteses para subdividir itens que são importantes, mas que não são considerados seções.
Ex.: capítulo 1
seção 1.1
alínea a)
Recomenda-se não subdividir demasiadamente as seções, a fim de que a clareza e a concisão do texto não sejam comprometida.

5. APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES EM DOCUMENTOS
Menção no texto de uma informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral.
As citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o que se afirma pelo autor no decorrer do seu raciocínio. Ex.: (Severino, 1992, p. 85). "As citações bibliográficas devem ser: exatas, precisas, e averiguáveis por todos. Através delas é possível identificar e localizar a fonte." Elas podem aparecer no texto (autor, ano, páginas) ou em notas de rodapé.

5.1 TIPOS DE CITAÇÃO
5.1.1 CITAÇÕES FORMAIS OU DIRETAS OU TRANSCRIÇÃO: quando transcrevem literalmente trechos de obras. Devem aparecer entre aspas, respeitando pontuação e ortografia. São apresentadas em forma de referências bibliográficas, acompanhadas de indicações exatas dos documentos de onde foram recolhidas, uma vez que "a virtude fundamental do citador é a fidelidade" (Salvador, 1978, p. 206)

5.1.2 CITAÇÕES CONCEPTUAIS OU INDIRETAS OU PARÁFRASE; CITAÇÃO LIVRE DO TEXTO: quando sínteses pessoais reproduzem fielmente as idéias de outros autores. Não é necessário indicar a página, simplesmente o sobrenome do autor e a data de publicação do trabalho. Ex.: conforme Fontes (1987).
Em caso de citação de dois ou mais trabalhos do mesmo autor com o mesmo ano de publicação, diferenciar cada um utilizando letras minúsculas junto a data.
Ex.: Souza, 1978
000Souza, 1978a

5.1.3 CITAÇÃO DE CITAÇÃO: quando for absolutamente indispensável a menção a um trabalho ao qual o autor não teve acesso, mas do qual tomou conhecimento apenas por estar citado em outra publicação. Para simplificar a forma de apresentação é necessário o emprego da expressão latina "Apud" no texto. Ex.: Silva (1978) Apud Souza (1985).
• No texto:
BRADLEY Apud ARMITAGE (1991)
• Na bibliografia:
ARMITAGE, W. J. Supply of corneab issue in the United Kingdon Br. Journal Ophitalmology, v. 74, p. 650-3, 1991.
As citações devem se ater ao essencial:
a) Elipse ou supressões: é permitida a omissão de palavras na citação quando seu sentido não é alterado. Tal omissão é indicada por reticências entre parênteses (...). Quando são omitidos um ou diversos parágrafos, deve-se usar uma linha pontilhada. Assim:...........................................................................................................
b) Interpolação ou comentários: a exatidão é fundamental na citação. Portanto, qualquer correção ou observação feita deve ser indicada corretamente. Corrige-se da seguinte forma:
• inserindo a expressão "sic" entre colchetes ou parênteses: (sic), [ sic] ;
• inserindo a correção entre colchetes ou parênteses: [...]
• inserindo frases indicando a correção, entre colchetes ou parênteses. Quando for utilizado o grifo (negrito, itálico etc.), isto deve ser mencionado: (grifo do autor) ou (grifo meu)
• é indispensável mencionar os dados necessários à identificação da fonte da citação. Estes dados devem aparecer no texto e listas no fim de texto.

OBSERVAÇÕES:
• Qualquer obra utilizada, citada ou não no texto, deverá aparecer na bibliografia final.
• A chamada ou entrada usada no texto deve ser a mesma na bibliografia.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6.1 DEFINIÇÃO: conjunto de indicações precisas e minuciosas, retiradas do próprio documento, permitindo sua identificação no todo ou em parte. Os elementos de referência bibliográfica de documentos (livros, textos, periódicos, anais de congressos, folhetos etc.) considerados no todo ou em parte devem ser retirados sempre que for possível da folha de rosto da obra consultada. Dividem-se em essenciais e complementares.

6.2 ELEMENTOS
6.2.1 ESSENCIAIS: são informações indispensáveis à identificação do documento. Estão estritamente ligados ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo de documento. Ex.: autor, título, local, editora, data de publicação, página inicial e final (quando se tratar de capítulos ou partes de um documento).

6.2.2 COMPLEMENTARES: são informações que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar o documento. Ex.: edição, editor, páginas, porte físico, ilustrações, dimensões, série. Todos estes elementos juntos permitem caracterizar, localizar e datar publicações referenciadas em bibliografias, resumos e/ou recensões.

6.3 LOCALIZAÇÃO: a referência bibliográfica pode aparecer:no fim de texto ou de capítulo.

6.4 ORGANIZAÇÃO: as referências bibliográficas são organizadas em ordem alfabética por sobrenomes de autores, títulos ou assuntos, sempre observando a entrada que foi dada no texto.

6.5 PONTUAÇÃO: deve ser uniforme para todas as referências.

a) Os vários elementos da referência bibliográfica (nome do autor, título da obra, edição, notas tipográficas - imprensa - , notas bibliográficas e notas especiais) devem ser separados, entre si, por ponto seguido de dois espaços.
Ex.: SILVA, João da. A história da moeda. 3. ed.
b) Os elementos das notas tipográficas (local, editor, data) e bibliográficas devem ser separadas, entre si, por dois pontos. Datas são separadas por vírgula.
Ex.: São Paulo, Atlas, 1986
c) A nota de série e/ou coleção é, por tradição, apresentada entre parênteses, indicando-se os títulos e sua numeração.
Ex.: (Série os historiadores)
(Os economistas)
(Texto para discussão, 31)
d) Ligam-se por hífen as páginas inicial e final das partes referenciadas, bem como as datas-limites de determinado período da publicação.
Ex.: p. 55-68
e) Ligam-se por barra transversal as datas-limite do período a que se refere a publicação referenciada.
Ex.: 1976/1989

6.6 TIPOS OU FONTE (ESTILO DE LETRA): empregam-se maiúsculas (tipo caixa alta) nos sobrenomes dos autores individuais, nos nomes de entidades coletivas, nos títulos de periódicos e na primeira palavra do título quando constituírem a entrada da referência.

6.7 ELEMENTOS DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
6.7.1 AUTORIAS:
a) Autor pessoal: responsável pela criação, conteúdo intelectual ou artístico de um documento. Inicia-se a entrada pelo último sobrenome do autor, em letra maiúsculas, seguido pelo(s) nome(s). Emprega-se vírgula entre o sobrenome e o(s) nome(s). Os nomes são transcritos como aparecem nos documentos.
Ex.: SILVA, L
TEIXEIRA, J. S.
b) Sobrenomes ligados por hífen: DUQUE-ESTRADA, O.
c) Sobrenomes que indicam parentesco: ARARIPE JÚNIOR, I. A.
FERRARI FILHO, H.
d) Sobrenomes compostos de um adjetivo mais um substantivo.
Ex.: CASTELO BRANCO, C.
ESPÍRITO SANTO, H.
SANTA CRUZ, A.
e) Sobrenomes cuja forma composta é a mais conhecida:
EÇA DE QUEIROZ, J. M.
MACHADO DE ASSIS, A. M.
f) Sobrenomes espanhóis:
GARCÍA MÁRQUEZ, G.
RODRIGUEZ LARA, J.
g) Documentos elaborados por um autor, dois autores, três autores, mais de três autores:
HUNT, L.
HUNT, L. ; HUBBERMAN, J.
HUNT, L. ; HUBBERMAN, J. ; SILVA, M.

6.7.2 ENTRADA COLETIVA
Autor, entidade, instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s), entre outros, responsável(eis) por publicação em que não se distingue autoria pessoal. Trabalhos de cunho administrativo ou legal. Ex.:
No texto:
(FUNDAÇÃO, 1982, p.57)
Na bibliografia:
FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA. Agricultura no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 1982 (25 Anos da Economia Gaúcha, v. 3)

6.7.3 Quando a entidade coletiva é hierarquicamente vinculada aos governos federal (Ministério), estadual e municipal (Secretarias), conselhos e universidades:
No texto:
BRASIL (1995, p.125)
RIO GRANDE DO SUL (1996, p.101)
PORTO ALEGRE (1997, p.27)
CONSELHO (1987, p.5)
UNIVERSIDADE (1985, p.30)
Na bibliografia:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. A educação no Brasil ano 2000. Brasília: 1995. 223 p.
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Agricultura. Agricultura em números. Porto Alegre: 1995. 193 p.
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Departamento Municipal de Águas e Esgotos. Relatório anual. Poro Alegre: 1997. 190 p.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Currículos mínimos de cursos de graduação. 8 ed. rev. atual. Brasília: 1987. 498 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Estatuto, regimento geral. Porto Alegre: 1985. 74 p.

6.7.4 Trabalho apresentado em eventos (congressos, encontros, simpósios etc.):
MALDONADO FILHO, E. A transformação de valores em preço de produção e o fenômeno da absorção e liberação de capital produtivo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 15. Salvador: ANPEC, 1-4, dez. 1975. Anais... p. 157-75.

6.7.5 Evento no todo:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES, 13. 1995. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 1995. 655 p.

6.7.6 Eventos em meio eletrônico, no todo ou em parte:
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPel, 4. 1995. Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPel, 1996. Disponível em http://www.propesq.ufpel.br/anais/anais.htm. Acesso em 21/jan/97.
GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10. 1998. Fortaleza. Anais...Tec Tralha, 1999. 1 CD.

6.7.7 Publicações anônimas ou não assinadas: entrar diretamente pelo título, sendo a primeira palavra em maiúscula.
ANTOLOGIA Latina. 6 ed. Madrid: Credos, 1968. 291 p.

6.7.8 Coletânea de textos:
Autor, coordenador, editor diferentes da parte referenciada:
BACHA, L. Hierarquia e remuneração gerencial. In: TOLIPAN, R. ; TINELLI, A. C. A Controvérsia sobre Distribuição de Renda e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar: 1975. p. 124-55 (Biblioteca de Ciências Sociais)
BERTOLA, G. ; CAVALLERO, R. Sustainable intervention polices and exchange rate dinamics. In: KRUGMAN, P. e MILLER, M. (eds) Exchange Rate Target and Currency Banks. Cambridge: University Cambridge, 1992.
Autor, coordenador, editor igual ao autor da parte referenciada.
GAROFALO, L. ; CARVALHO, C. Teoria Microeconômica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1986. Cap. 4 Os modelos de formação de preços. p.338-59.

7. PUBLICAÇÃO PERIÓDICA
7.1 Publicação Periódica e Seriada considerada no todo:
a. título da publicação e subtítulo quando necessário;
b. local de publicação;
c. editor-autor (entidade responsável, se não constar do título);
d. data (ano) do primeiro volume e, se a publicação cessar, também o último.
Nota: Para os dois exemplos a seguir, podemos entrar pela entidade e podemos entrar pelo título.
• FUNDAÇÃO IBGE. Anuário Estatístico do Brasil. 1985. Rio de Janeiro, v. 1986.
• ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - 1985. Rio de Janeiro, Fundação IBGE, 1986, v. 46.
• CULTURA. Brasília, v. 5, n. 17, abr./jan. 1975.
• CADERNOS DE ARQUITETURA E URBANISMO. Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1993 - Anual.
Publicação Periódica considerada em parte (suplemento, fascículos, números especiais etc.):
a. título da publicação;
b. título da página, suplemento ou número especial se for o caso;
c. local de publicação (cidade);
d. indicação do volume, número e data (mês e/ou ano) da publicação;
e. indicação do tipo de fascículo, suplemento ou número especial e do editor especial do mesmo (se for o caso).
• ESTUDOS ECONÔMICOS. Economia e Sociedade no Brasil Monárquico. São Paulo, IPE/USP, v. 15, 1985. Número especial.
• CIÊNCIA E CULTURA. Resumo da 24º REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 2 a 8 de julho de 1972. São Paulo, v. 24, n. 6, jun. 1972. Suplemento.
• CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, v.39, n.9, set. 1994. 135p. Edição Especial.

 7.2 ARTIGOS DE PERIÓDICOS:
a. autor(es) do artigo;
b. título do artigo;
c. título do periódico (grifado);
d. local de publicação (cidade);
e. número do volume;
f. número do fascículo;
g. páginas inicial e final do artigo;
h. data (mês e/ou meses, estação em trimestre e ano) do fascículo.
• RAPOSO, José Cursino dos Santos. Aspectos Culturais do Segundo Reinado. Cultura. Brasília, v. 5, n. 17, p. 56-58, abr./jun., 1975.
• BUENO, Miguel. Sociologia y Ciencias Sociales. Revista Mexicana de Sociologia. México, Universidade Autônoma do México. V. 19, n. 1

7.4 ARTIGOS DE JORNAIS:
a. autor(es) do artigo;
b. título do artigo;
c. título do jornal (grifado);
d. local de publicação (cidade);
e. data (dia, mês, ano);
f. número ou título do caderno, script, suplemento tec.;
g. páginas do artigo;
h. número de ordem da(s) coluna(s).

7.4.1 Artigos de jornal - assinado
• RAÍCES, Carlos. Política Agrícola, a eliminação de subsídios. Gazeta Mercantil. São Paulo, v. 69, n. 18.963, p. 19, col. 7-8, 26 out. 1998.

7.4.2 Artigos de jornal - sem autoria
• PREVISÃO de chuvas nas lavouras brasileiras faz cotações caírem. Gazeta Mercantil. São Paulo, v. 68, n. 18.963, p. 19, col. 7-8, 26 out. 1988.

7.4.3 Programas de TV e Rádio
a. Tema;
b. Programa;
c. Cidade;
d. Nome da TV;
e. Data completa da apresentação do programa;
f. Nota.
• BÚFALOS. Globo Rural. Rio de Janeiro: Rede Globo, 22 de maio, 1994. Programa de TV.

8. DOCUMENTO ELETRÔNICO
São documentos obtidos através de suportes eletrônicos, como disquetes, CDs, base de dados, internet etc.

8.1 BASES DE DADOS: resumos ou abstract de artigos de periódicos obtidos na base de dados online.
• HAMIR, N.A. Percloration of toraces aorta in a dog associated with spirocerca lupi infection. [on line]. Australian Veterinary Journal. Papua Nova Guiné, v. 61, n. 2, 1984 [citado em 18.09.98] Acesso n. 842244090. Disponível no CAB Abstracts, 1984-1986

8.2 ANAIS DE CONGRESSO:
• FERREIRA, P. Un project dureautique multimedia et le service dárchivage eletronique multimedia. In: CONGRESSO NACIOAL DE INFORMÁTICA, 18. São Paulo: SUCESU, 1985. Anais... v. 1, p.473-485. Referência obtida via base de dados INFO BRASIL CELEPAR, 1994.

8.3 DISSERTAÇÕES E TESES ELETRÔNICAS:
• LUO, J. Gateroad design in overlyng multisea mines [on line]. Blacksburg, 1997 [citado em 16.08.98] Dissertation (Master in Science in Mining anl Mineral Engenieering) Disponível na internet: http://wwwscholar.lib.vtedu/theses/public/etd-225.01128407

8.4 CD-ROM:
• ALEIXADINHO. In: ALMANAQUE ABRIL: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1996. CD-ROM
• RAMALHO, J. A. A. HTML Avançado: exemplos, programas shareware e freeware e mais! São Paulo: Makron Books, 1997. 1 CD-ROOM 649 arquivos, 23.541.130 bytes.

8.5 LISTA DE DISCUSSÃO:
Serviço que permite o intercâmbio de mensagens entre vários usuários. É usada como meio de comunicação entre pessoas interessadas em discutir temas específicos.
• PARKER, E. Re: Citing Eletronic Journals. In: PAES – L (Public Access Computer System Forum) [on line]. Houston: University of Houston Librarics, 24 nov., 1989, 13:29:35 Est. [cited 1 January 1995, 16:13 EST]. Avaiable from Internet:
• ANTUNES FILHO, José Gilberto (antunesj@imaginet.fr). Metadata 27 maio 1998. Disponível na Internet via lista (bib-virtual@ibict.br)

8.6 MENSAGEM OBTIDA VIA INTERNET: • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Setorial de Matemática (bibmat@mat.ufrgs.br) cópia 03 jan. 1996. E-mail para Maria Dirce Botelho de Souza (sedoc@ipardes.gov.br)

8.7 ARTIGO DE REVISTA ELETRÔNICA: • PETRINI, M. Sistemas de Informações, Inteligência e Criatividade. READ – Revista Eletrônica de Administração. Porto Alegre: UFRGS/EA/PPGA v.4, n.1, jul. 1997 (Home Page Biblioteca Gladis W. do Amaral)

8.8 FITA DE VÍDEO (VIDEOTAPE): fita magnética para gravação em videotape.
• FRAGOHENI, A. H. Dicionário Enciclopédico de Informática. São Paulo: Nobel, 1986.
• VALOIS, G. Computer Dreams. Los Angeles: MPI Home Video, 1989. 1 fita de vídeo, 58 min.

8.9 ENTREVISTA GRAVADA: • SILVA, L. da. Luís Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI/SP. 1991. 2 fitas K7 (120 min) ¾ pps stereo. Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI – SP.

8.10 DISQUETE: • JOHNSTON, Jack; DINARCO, John. Econometric methods. 4 ed. New York: Mcgraw-Hill, 1997. Disquete. 1 disquete de 3 ½ . Para uso em PC.

8.11 PROGRAMA DE COMPUTADOR: • MICROSOFT. Access 2 for Windows. São Paulo, 1994. Disquete 3 ½, 7 arquivos, 747.808 bytes. Banco de Dados.

8.12 E-MAIL: • RASSIF, Maria (bceref@music.pucrs.br). Envio de Teses para Instituições de Origem. 13 jul. 1998. Enviado às 12h48min. Mensagem para: Ainos Holding (ainos@munic.pucrs.br).

9. BIBLIOGRAFIA • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – Rio de Janeiro, 1987 – 2000. Várias normas.

GUSMÃO, Heloísa Rios ; SOUZA, Eliana da Silva. Como Normatizar Trabalhos Técnico-Científicos: Instrução Programada. 2 ed. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 1996.

NORMAS para publicação da UNESP. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994 v. 2. Referências Bibliográficas.

MANUAL de normatização de trabalhos técnico-científicos e culturais. Petrópolis: Vozes, 1994.

BONILHA, Juliana Zart. Instruções para Apresentação de Trabalhos. Porto Alegre: Escola de Engenharia. Biblioteca. 1996 (Textos Didáticos de Engenharia).

LEHNEIN, Helena Osório ; MACEDO, Lara Ferreira de. Normas para Elaboração de Referências Bibliográficas de Acordo com a NBN 6023. Porto Alegre.

10. ANEXOS
ANEXO A - ABREVIATURA DOS MESES
Português Espanhol Italiano
janeiro – jan. enero – ene. gennaio – gen.
fevereiro – fev. febrero – feb. febbraio – feb
março – mar. marzo – mar. marzo – mar.
abril – abr. abril – abr. aprile – apr.
maio - maio mayo – mayo maggio – mag.
junho – jun. junio – jun. giugno – giug
julho – jul. julio – jul. giuglio – giugl.
agosto – ago. agosto – ago. agosto – ago.
setembro – set. septiembre – set. settembre – set.
outubro – out. octubre – oct. ottobre – ott.
novembro – nov. noviembre – nov. novembre – nov.
dezembro - dez diciembre – dic. decembre – dec.
dicembre – dic.
Francês Inglês Alemão janvier – jan. january – jan. januar – jan.
février – fév. february – fev. februar – feb.
mars – mars march – mar. märz – märz
avril – avr. april – apr. april – apr.
mai – mai may – may. mai – mai
juin – juin june – june juni – juni
juillet – juil. july – july juli – juli
aoüt - aoüt august – aug. augus – aug.
septembre – sep. september – sept. september – sept.
octobre – oct. october – oct. oktober – okt.
novembre – nov. november – nov. november – nov.
décembre – dec. december – dec. dezember – dez.

ANEXO B - ILUSTRAÇÕES (TABELAS, GRÁFICOS, FIGURAS, QUADROSETC.)
Tabelas

As tabelas servem para racionalizar e uniformizar a apresentação de dados e análise de informações estatísticas.
As tabelas devem ter sempre que possível significação própria, isto é, devem prescindir de consulta.
A estrutura da tabela é constituída de traços (retas perpendiculares), é delimitada em sua parte superior e na parte inferior por traços horizontais paralelos.
Não delimitar (fechar) por traços verticais os extremos da tabela à direita e à esquerda.
O título precede a tabela.
A fonte, as notas situam-se ao pé da tabela.
Quando uma tabela ocupar mais páginas, as notas devem ser colocadas na última página.
Quando uma tabela ocupar mais de uma página, não será delimitada na parte inferior, repetindo-se o cabeçalho.
Exemplo:
Tabela 1 Produção de milho segundo as unidades da Federação 1999
Unidades da Federação Produção
Absoluta Relativa (% Brasil)
São Paulo 18.480.373
Paraná 15.908.253
Minas Gerais 11.238.455
Rio Grande do Sul 08.050.555
Outros 8.000.052
Brasil 90.000.000 100
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, p. 50
• Nota: Esta tabela é fictícia, serve só para exemplo.
Figuras, gráficos, quadros
• São as imagens visuais extensivas ao texto, como mapas, fotografias, esquemas, gráficos, diagramas.
• Devem ser numerados seqüencialmente ao longo do texto, independente do tipo.
• Deve sempre ter fonte de onde foi extraído a ilustração.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como fazer um bom relatório de estágio




Normas para elaboração do relatório do estágio

Da Sistematização


As atividades devem ser relatadas contemplando os seguintes pontos:
- descrição com interpretação, discussão e análise de dados.
- pesquisa bibliográfica.
- quantidade e qualidade das atividades executadas.
- participação em desenvolvimento de projetos e planejamento.
- desenvolvimento de produtos, novas técnicas e pesquisas.
- procedimentos de trabalho, tais como: acompanhamento, fiscalização, manutenção, etc.
- normas de segurança e procedimentos ecológicos..
- equipamento e material utilizado.
- orientação ou modificação no plano de execução.
- importância do trabalho no contexto da Concedente.
- experimentos em laboratório (identificar se só acompanhou ou se executou).
- apreciações e observações.

Do Formato


O relatório deve ser escrito no formato Times New Roman tamanho 12 (padrão Word como o utilizado neste texto) ou equivalente, em espaço 1,5.
O papel adotado deverá ser padrão A4 branco. As margens do texto em relação às bordas do papel devem ser: superior 3cm, inferior 2cm, direita 2cm e esquerda 2,5cm. Os parágrafos, em todo o texto, devem iniciar a 7 (sete) espaços da margem esquerda.
O relatório deve refletir a metodologia científica, compreensão da bibliografia citada, os métodos e técnicas empregadas e o significado dos resultados e dos procedimentos encontrados ou utilizados.
O Relatório de Estágio Curricular é dividido em quatro partes com subdivisões que devem ser apresentados na ordem a seguir:

1. Encadernação (Capa)

2. Elementos Pré-Textuais
2.1. Folha de Rosto
2.2. Folhas de Avaliação e Controle do Estágio
2.2.1. Termo de Aprovação
2.2.2. Avaliação Final
2.2.3. Avaliação do Estágio pela Concedente
2.2.4. Plano de Estágio
2.2.5. Cronograma Físico Real
2.2.6. Termo de Compromisso
2.3. Outras Informações
2.3.1. Epígrafe e/ou Dedicatória (opcional)
2.3.2. Agradecimentos (opcional)
2.3.3. Sumário
2.3.4. Listas em ordem alfabética (Ex: Lista de Anexos, Lista de
Equações,..)
2.3.5. Resumo

3. Texto dividido em Capítulos
3.1. Introdução
3.2. Apresentação da Concedente
3.3. Desenvolvimento
3.4. Considerações Finais

4. Elementos Pós-Textuais
4.1. Anexos
4.2. Glossário
4.3. Referências Bibliográficas

Encadernação (Capa)


Pode ser em espiral ou capa dura, conforme exigência do curso. Relatórios com capa dura deve conter os mesmos dados que a folha de rosto (anexo).

Folha de rosto


Com os títulos centrados. Deve seguir os seguintes formatos e tamanhos : autor - em caixa alta tamanho 16, título - em caixa alta negrito tamanho 18, outras informações em caixa baixa tamanho 14.
Folha de Aprovação
Deve conter o seguinte texto: " APROVADO EM ........./........./........."(dia/mês/ano) e o nome do orientador.

Folhas de Avaliação Final, Avaliação pela Empresa, Plano de Estágio, Cronograma Físico Real e Termo de Compromisso
São folhas padrão que podem ser retiradas na Coord. De Estágio ou no site www.joinville.udesc.br

Epígrafe e/ou dedicatória (facultativo)


Título ou frase que serve de tema a um assunto e/ou palavras escritas com que se oferece a alguém um trabalho.

Agradecimentos (facultativo)


Deve ser rápido e objetivo. Cada entidade ou pessoa deve ter um agradecimento a parte.

Sumário


Com divisão decimal em arábicos. Uma linha liga cada título ao número da página, seguindo o padrão de títulos e subtítulos usado no texto.

Listas de Abreviaturas, Apêndices, etc.


Têm apresentação igual a do Sumário, quando pouco extensas podem figurar seqüencialmente na mesma página. Só serão apresentadas em caso de 5 itens ou mais.

Resumo


Antes de tudo, deve ser curto e objetivo (no máximo 300 palavras), descrevendo de forma clara os aspectos de maior interesse e importância em um único parágrafo. Ressaltar os objetivos gerais os métodos, os resultados alcançados e a contribuição do trabalho para a Concedente.

Introdução


É uma explanação sucinta do trabalho realizado no Estágio. Apresenta o assunto como um todo, sem os detalhes que serão descritos no texto principal.
Na introdução o autor deve:
- Apresentar o trabalho proposto e realizado no Estágio de forma que o leitor tenha uma visão clara do mesmo.
- Indicar a finalidade, ou os objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio.
- Especificar a apreciação e receptividade do pessoal da Empresa bem como as dificuldades enfrentadas.
- Relacionar o trabalho desenvolvido no Estágio com o Curso, descrevendo as áreas de conhecimento envolvidas.
- Referir-se aos tópicos principais do texto, dando o roteiro ou a ordem de exposição.

Apresentação da Concedente


- Fazer uma descrição impessoal e sucinta da Concedente com um breve histórico, informações sobre o ramo de atividade, principais produtos e(ou) serviços, número de empregados e benefícios auferidos a estes pela Concedente, clientela, sistema de administração e finanças, instalações e equipamentos, produtividade, projetos e perspectivas de expansão.

Desenvolvimento


É a parte mais extensa do trabalho e visa comunicar os resultados do Estágio. Deve ser subdividido em capítulos, de forma a refletir o Plano de Estágio executado.
Deste modo, um roteiro razoável para este item segue os seguintes passos:
- Anotação metódica da rotina de trabalho e da coleta de dados.
- Exposição do trabalho realizado de maneira descritiva ou agrupada em gráficos e/ou tabelas.
- Discussão dos dados apresentados no passo anterior.
Na discussão o Estudante deve:
- Agrupar os casos sempre que houver repetição.
- Estabelecer relações entre causa e efeito.
- Deduzir generalizações e princípios básicos que tenham comprovação nas observações.
- Esclarecer as exceções, modificações, teorias e princípios relativos ao trabalho.
- Indicar as aplicações teóricas ou práticas dos resultados obtidos.
- Procurar elaborar, uma teoria para explicar as observações e resultados obtidos.
- Revisar literatura, referindo-a no texto seguindo orientação da ABNT.
- Discutir as ocorrências como um todo, avaliando causas, procedimentos e resultados e apresentado sua própria opinião com base nos conhecimentos adquiridos.

Ilustrações


Consistirão de tabelas, quadros e figuras. Têm por objetivo esclarecer melhor o assunto discutido no texto e/ou apresentar de uma maneira mais eficaz informações relevantes. De forma geral possuem títulos que são numeradas por algarismos arábicos (Ex: `FIGURA 3 - Organograma da Empresa X'). A fonte da informação, como deve ocorrer no texto, deve sempre ser apresentada. As ilustrações devem ser colocadas próximas ao local em que forem mencionadas e referenciadas por seus respectivos números.
Os Quadros, além de título podem ter cabeçalho. Têm por objetivo facilitar a comunicação de informações não numéricas, relacionando pelo menos, duas variáveis. São seguidos ou antecipados por comentários que não se repetem mas complementam seus conteúdos.
O termo Figuras designará gráficos, mapas, fotografias e micro-grafias e assemelhados. Pode ter uma legenda que explique o conteúdo da figura de forma sucinta e precisa.

Notas


As observações ou aditamentos a detalhes do texto devem aparecer em rodapé.

Considerações finais


É o resultado de uma análise crítica do trabalho executado, e de sua validade como contribuição para a formação profissional. Relacionar os resultados, interpretá-los e apresentar as conclusões de forma lógica, clara e concisa.

Anexos


São materiais suplementares que se acrescentam ao relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte essencial. São numerados em algarismos arábicos, seguidos de título.

Glossário


É a relação de palavras de uso restrito, acompanhadas das respectivas definições com objetivo de esclarecer o leitor. É apresentado em ordem alfabética.

Referências Bibliográficas


É a especificação das obras consultadas para o desenvolvimento das atividades realizadas, em ordem alfabética dos sobrenomes dos autores.
Deve ser seguido o padrão ABNT, NB-66, referências bibliográficas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dicas para fazer um plano de aula

OBJETIVOS
Os objetivos abrangem seis grandes áreas do conhecer:
• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e relatar no final, pois, se trata de RE.
• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar, reafirmar no final por causa do RE.
• Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Não tem RE.
• Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar. Não tem RE.
• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar. Não tem RE.
• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Não tem RE.
Todo OBJETIVO tem que ter um verbo do CONHECIMENTO e outro da AVALIAÇÃO. Objetivo não se repete verbo. (+ ou – 5)

 COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS – Tem que ter verbos da COMPREENSÃO e da APLICAÇÃO. (+ ou – 3)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OU EIXO TEMÁTICO


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO - quando for sobre a apostila/livro na sua totalidade

EIXO TEMÁTICO quando for apenas de uma parte/capítulo.


METODOLOGIA


Aula expositiva dialógica (Vice-Versa), exposição via televisão ou via televisão/DVD de filme, documentário, clipe e etc. Exposição de transparências via retro projetor, elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, aplicação de mini aulas, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, dvd).

AÇÃO DIDÁTICA

Separada por momentos, descreve de maneiro breve o que se vai trabalhar na sala de aula, só pode ter verbos terminados em MENTO e AÇÃO. (+ ou – 3) Exemplo:
Primeiro Momento
Segundo Momento
Terceiro Momento

HABILIDADES


 O que o aluno deverá desenvolver/adquirir durante as aulas, usando os verbos no substantivo, terminado em MENTO ou AÇÃO.

AVALIAÇÃO


 Forma com que o aluno será avaliado pelo professor. Pode usar verbos sem o R, como por exemplo: CANTAR – CANTA. (+ ou – 3)

BIBLIOGRAFIA


 Apostila ou livro onde se teve o embasamento para a aula.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

10 coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse


1) Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter.
Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope.
Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente.
Sendo criança eu ainda estou descobrindo.Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim.E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?

2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo.
Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim.
O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender.
Vou explicar o porquê: uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível.
Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes.
O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível.
O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja.O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual.
Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho.
O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando.
Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
 
3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer) Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim.
Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo.Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João".
Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.

4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações.Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras.
É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de fazer.Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.

5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado.Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto.
Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado).
Por outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem.
Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.

6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim.Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender.
Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas.
Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.

7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de CONSERTO.
Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.

8) Por favor, me ajude com interações sociais, pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído.
Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente.
Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: Você esta bem?.

9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle.Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo.
Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação.
Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.

10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição.Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso.
Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa.
Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu.
Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol.
Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo, uma possível resposta para Alzaheim o enigma da vida extraterrestre
O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver ate onde eu posso ir.

CONTO COM VOCÊ!!!

Retirado do site: http://www.autimismo.com.br/


Agressividade Infantil


     Quando pensamos em crianças, logo associamos à imagem angelical de pureza e doçura. Por isso nos causa grande espanto e desorientação ao ver atitudes agressivas em crianças pequenas.
     A agressividade é uma força instintiva que como outras são inatas em todos os seres humanos. Especialmente a criança, expressa tudo o que é mais essencial do ser humano, uma vez que ela ainda não completou seu amadurecimento moral e intelectual, ou seja, ela não tem recursos próprios para se relacionar com o mundo. Assim, nas crianças, percebemos as características essenciais e instintivas do ser humano com a agressividade, porém é individual de cada uma como e o quanto esta se manifesta.

Como Lidar
     Diante de uma criança que expressa uma agressividade excessiva, devemos compreender o contexto em que isso ocorre. O primeiro passo é verificar se existe em seu convívio familiar e escolar, algum fator que esteja estimulando a reação agressiva. Se esse for o caso os adultos podem orientar a criança á ter atitudes alternativas para resolver a situação, se for necessário o próprio adulto poderá interferir na situação.
     Em crianças que tem como característica pessoal uma força agressiva intensa, os pais podem proporcionar-lhes oportunidades de direcionar essa força para um caminho produtivo como atividades artísticas ou nos esportes.
 
Um Alerta
     A criança que tem características que não correspondem as expectativas dos pais, familiares e professores encontrará muitas dificuldades no seu desenvolvimento caso os adultos de seu convívio a tratem como uma criança problema, estranha e indesejável, pois isso prejudica ainda mais a possibilidade dela se aceitar do jeito que é e se tornar uma pessoa saudável.
     Saudável não é a criança que age e se comporta segundo os padrões que nós estabelecemos. Saudável é a criança de bem com ela mesma e de bem com a vida.
 

Luciana Ibri
Psicoterapeuta
Consultório: (011) 37214862.
E-mail:
Krystalluz@aol.com

 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Nove Regras para Criarmos uma Criança Tímida

"Poucas pessoas sabem disso, mas, assim como os vícios são hábitos, pensar negativamente também o é..."
Autor: Jon Talber
Imagine que uma criança tem o potencial
para ser qualquer coisa, inclusive fazer a diferença
 que não fizemos...
A timidez é um aprendizado, um estado de comportamento criado por nós, do mesmo modo que se cria um hábito, como por exemplo, o colecionar carrinhos em miniatura, ou selos; ou a preferência por um refrigerante, ou a ver o belo como feio e vice e versa.

Somos capazes de criar, tanto aquilo que preferimos e desejamos, quanto aquilo que repudiamos. E tudo isso são comportamentos, facetas psicológicas que depois de se tornarem partes integrantes de nossas personalidades, servirão para alguma coisa, e serão usadas, sejam para nos proporcionar insatisfações, ou satisfações.

É como um filho que criamos. Podemos lhes dar carinho e atenção, mas, não podemos nos assegurar que jamais terão contato com a coisa contrária e seguirão um caminho adverso. Um comportamento, depois de criado, ficará dormente, em estado de espera, ou será aplicado imediatamente, a depender da ocasião. Sem uso, jamais permanecerá, mesmo que o seja apenas em nossos sonhos inconscientes.
Com freqüência nos chegam as crianças tímidas. Não porque assim nasceram, mas porque foram fabricadas, criadas até de forma involuntária, uma vez que poucos, como pais e educadores, conhecem as regras a seguir. São observações simples, que podem ser facilmente constatadas, em nosso convívio diário, seja em casa ou na escola, seja entre incultos, ou cultos.

Evidentemente a lista não se presta a criar estados de timidez em quem quer que seja, mas, antes disso, serve como guia para nos inteirarmos das causas e assim evitarmos a criação de algum, estando ou não sob nossos cuidados.
  1. Sempre compare sua criança com a criança do vizinho, ou do seu amigo, ou com seu irmão, especialmente quando se trata de uma habilidade que a mesma não possui.
  2. Cubra-a de elogios, de modo que cresça ofuscada pelo mimo caseiro, ocultando assim suas falhas, suas limitações de qualquer natureza, assim ela ficará surpresa quando o mundo lá fora a rejeitar, sem que ela compreenda o motivo.
  3. Revele, diante dos seus colegas, situações que lhe sejam embaraçosas, especialmente aquelas pequenas manias que ela tenta a todo custo ocultar; ou pequenas preferências, que antes eram apenas segredos caseiros. Mas antes saiba que, isso a fará sentir-se envergonhada, menor que as outras.
  4. Obrigue-a a ser irreverente, assim como a mais extrovertida da classe, ou da rua onde mora, indicando claramente que seu comportamento, que representa seu modo natural de “ser”, seja qual for ele, é considerado anormal, uma deformação.
  5. Defina “o ser” a mais bela das belas como sendo uma obrigação, assim ela poderá se olhar no espelho, e ao comparar-se com a beleza das outras e sentir-se impossibilitada de imitar, se sentir um traste, uma aberração digna de ser rejeitada pelo mundo.
  6. Ignore seus talentos naturais, sempre preferindo as qualidades dos outros; sempre tomando como referência os mais hábeis, os vencedores de fora, os famosos, mesmo sabendo que tudo aquilo são personalidades falsas, especialmente construídas para o mercado das aparências, do consumo.
  7. Faça-a sentir-se embaraçada na frente dos amigos ou convidados, com comentários jocosos, citando o modo como se veste, como anda, como fala, seus gostos pessoais, etc. Desse modo ela sentirá vergonha de se expressar, de estar diante dos outros, e tenderá a ver-se como uma coisa anormal, diante de um mundo de normais, que evidentemente, são diferentes de si.
  8. Menospreze suas opiniões, mesmo sabendo que uma criança ainda carece de experiência para tê-las com coesão. Ressalte as opiniões daqueles que sabem tudo, especialmente crianças superdotadas, ou as consideradas gênios, assim, doravante, ela sentir-se-á naturalmente insegura, temerosa de comentar qualquer coisa, de opinar, na sua presença e diante dos de fora.
  9. Esconda-lhe ou ignore suas limitações, assim, ao entrar em contato com o mundo real, lá fora, longe do seguro ambiente do lar, local onde se sente importante, quando de fato puder constatar que não o é, se sentirá humilhada e naturalmente fraca, sem saber lidar com a verdade óbvia, sem compreender o porquê das críticas sobre si.
Agindo dessa forma, com certeza, em pouco tempo, terá diante de si uma criança capaz de temer até a própria sombra.

 

Educando Para Vida - O Mito dos contos de Fada

"Acredita-se que ao adquirir conhecimento, o homem, por reflexo, também se torna sábio. É como adimitir-se que todo tesoureiro é rico."

Autor: Ester Cartago

Na natureza é sinônimo de qualificação aprender com as adversidades, entre humanos, evitá-las...
Por que o mundo das crianças está situado numa espécie de reino, o mais distante possível da nossa realidade, um reino repleto de fantasias, de coisas fáceis, de pessoas gentis, onde o bizarro é coisa inexistente, onde os problemas e dilemas humanos não são sequer mencionados, isso, não temos como saber.

Mas, sabemos que é assim. Assim foi definido. É a prática comum desde incontáveis gerações, é a conduta aceita e glorificada pelas regras sociais que regem cada nação desse mundo, pelos especialistas que definem aquilo que para todos nós é o melhor.

Um mundo onde não existem doenças, onde o mal é tratado como um vilão que atua de fora para dentro do indivíduo humano, como se não fosse parte integrante deste; onde a violência é retratada como uma coisa romântica, capaz ser resolvida pela simples presença de um super-herói ou divindade, que de repente irá surgir do nada, ou sempre que solicitado for.


Um mundo utópico, abstrato, onde os sonhos se concretizam, onde apenas as coisas que dão certo são mencionadas. Um centro, onde a realidade é totalmente deixada de lado, onde o idealismo e fantasia dos chamados contos de fada, que nos chegaram a partir da idade média, criados pelos devaneios de alguns escritores para entreter um público carente de sonhos, que viviam sufocados pela opressão dos costumes da época, uma concepção surreal que logo, no imaginário de cada um, se tornaria tão real quanto as coisas concretas.

Eis a base de toda nossa educação, ao menos a ocidental, onde quer que estejamos, como crianças que somos. Se vivemos em um mundo de constantes desafios, onde os problemas e múltiplas atividades do nosso dia a dia preenchem todas as nossas horas de vigília, onde aparentemente dormimos a acordamos mergulhados em disputas sem fim, o que pretendemos, enfim, como objetivo de vida?

Como podemos mudar o rumo das “coisas” se estas regem todos os nossos passos? Não estamos no controle, as circunstâncias sim. Somos regidos na íntegra, não pela nossa vontade e querer, mas pela necessidade constante de solucionar problemas. Resolver problemas, grandes ou pequenos, esse é o nosso objetivo claro de vida. Não os criamos, foram criados antes de existirmos, mas, por que regem nossas vidas, essa é uma questão pendente de respostas.

Se ensino para meu filho que existe um mundo imaginário, para ele isso é coisa real, onde todos são capazes de, pela vontade, viverem qualquer tipo de sonho que seja possível de se criar pelo pensamento, como espero que devam reagir ao descobrirem, mais tarde, sufocados pela competição da vida, que tudo não passara de uma grande ilusão, mentira?


Por incrível que possa parecer, irão ensinar a mesma coisa para seus filhos. Mas, como adultos, dentro de seu imaginário mais profundo, aquela ideia ainda permanece, agora amparada pela força de suas crenças pessoais, que lhe prometem aquele mundo, onde as fantasias de infância são, de fato, uma realidade à sua espera. Talvez por isso mesmo, não haja um empenho efetivo em melhorar nada por aqui, afinal de contas, de qualquer modo, não faz diferença alguma, não será mais um mundo destinado para nós.

Repetir costumes e modo de vida dos outros, consequentemente, todos os antigos problemas não resolvidos, os medos, as angústias pessoais, todo sofrimento que ao chegarmos já nos espera de braços abertos, os desejos, as chamadas metas existenciais, a tudo isso chamamos de viver. Não podemos escolher uma vez que tudo já está em andamento quando adentramos no palco.



Carinho e proteção são essenciais no desenvolvimento infantil, mas, o excesso de mimos acaba por criar na criança a sensação de que o mundo lhe pertence...

É como se, de repente, ao cairmos, vindos não sei de onde, no leito caudaloso de um vasto rio, deixássemos nos levar pela correnteza. Não há diferença, é uma analogia perfeita para nossa situação. Levados pela enxurrada, resta-nos permanecer boiando, agarrados a qualquer objeto que nos mantenha com a cabeça fora dágua, para que não nos afoguemos. Ali não há tempo para pensar, e nosso maior desejo é que aquilo nos conduza a uma margem segura, para enfim repousarmos.

Manter a cabeça fora da água significa apenas, confiar na correnteza. Acreditamos que ela nos conduz a lugar seguro, que finalmente irá desembocar em terra firme, um lugar sossegado, longe daquela turbulência que ora nos ocupa em tempo integral.

Ocorre que, nossas crianças, quando crescidas, irão enfrentar problemas concretos, problemas que ainda não conseguimos resolver, e conhecê-los desde cedo, talvez, faculte-as a decidirem melhor se, desejam permanecer, como nós, com eles a lhes preencherem as horas do dia. Ensinar para a vida é mostrar-lhe desde cedo o que é o viver, suas facetas, seus conflitos ainda não resolvidos, o imenso e complexo problema no qual se tornou a aventura existencial do homem.

Para que a criança seja capaz de resolver seus conflitos, que são os nossos atuais, precisam, desde cedo a conviverem com eles. Conflitos, ou os motivos que causam os mesmos, são coisas que lhes ensinamos, assim como antipatia e empatia; a odiarem aqueles que nunca conheceram, assim como a idolatrarem outros que são da nossa preferência, e tudo isso faz parte do kit de instruções que lhes damos.




Urgente seria descobrirmos em nós mesmos, de forma clara, objetiva, quais são os nossos atuais problemas, e depois ensinarmos a nossos filhos como viver sem eles, e nunca como viver com eles...

Se somos capazes de lhes ensinar a não gostar ou gostar, a não desejar ou seu inverso, a não resolverem problemas, como esperamos que haja uma transformação no mundo delas? Não mais será nosso mundo, assim como não foi dos nossos antepassados que nos deixaram de herança tudo que agora colhemos. Eles se foram, nos deixaram seus legados, nós ficamos, deixaremos o mesmo legado também para nossos filhos?

Educar não seria lhes ensinarmos como sair dessa imensa e complexa confusão que, embora não a tenhamos criado, somos fiéis multiplicadores? Viver sem conflitos, sem medo, somos de fato capazes de fazer tal coisa, ou melhor, temos tal potencial? Ainda não fomos capazes de demonstrar de forma efetiva se isso, com nossa atual mentalidade e tradições, é coisa possível. Se ainda não somos, quando, de que forma isso irá acontecer um dia com nossos filhos? Haverá de repente, uma mudança, como se fora o desejo de uma fada a empunhar sua mágica varinha de condão?



Importante é nos darmos conta de que, uma personalidade é construída de partes, de eventos e exemplos que serão imitados ou não. Não de trata de um processo de escolha voluntária, não para as crianças. Criança não possui um acervo de vivências suficiente para capacitá-la a escolher da forma mais apropriada, aquilo que lhe serve ou não. Ela tende a imitar, assim como nós, os adultos, já fazemos desde muito tempo. Se temos a nosso favor um lastro imenso de experiência de vida e ainda nos equivocamos em nossas escolhas, o que podemos dizer das crianças, ou jovens?

Elas precisam de nossa ajuda. Precisam conhecer um pouco sobre a vida que terão pela frente. Precisam conhecer as pessoas, seus pontos fracos, suas possíveis falhas e limites. Precisam saber que suas mães, periodicamente, quando sofrem bruscas mudanças em seu humor, estão a passar por processos orgânicos naturais, que a moderna ciência chamou de Tensão Pré-menstrual. Isso decerto evitaria um sem número de conflitos internos com seus filhos, que por não compreenderem essa brusca mudança de comportamento da mesma, logo tiram conclusões equivocadas, o que na maioria das vezes acabam por afetar toda harmonia na convivência do grupo.

Precisam saber o que significa ficar velho, afinal de contas, com sorte, a maioria delas também terá como certeza dos seus dias vindouros, a mesma condição. Não se trata de um processo de escolha voluntária, mas uma certeza. Então, por que isso lhes ocultamos como se fora coisa inexistente? Não seria uma forma lógica de, além de criarmos um maior vínculo de respeito com relação aos mais idosos, aos poucos estreitando a clara indiferença que lhes delegam os mais jovens, também as alertamos para o inevitável fato que a todos aguarda?

Se educar para a vida não passa de repetir procedimentos de forma mecânica, como o ato de dar corda num autômato para reproduzir alguma coisa, não devemos nos iludir, não há possibilidade alguma de transformação pessoal de quem quer que seja, mas apenas de mudança estética, uma maquiagem, no limitado e precário cenário onde todos nós disputamos com unhas e dentes um espaço para sobreviver.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As Crianças e o Limite



Nos dias de hoje, com tantas visões à respeito de como educar os filhos, surgem muitas dúvidas pelos pais em relação aos limites.

De três gerações para cá, verifica-se uma mudança radical e significativa na posição dos pais quanto à colocação dos limites e das regras disciplinares em seus filhos. Se por um lado até as décadas de 40 e 50, a maneira de educar os filhos seguia uma direção vertical, na qual os pais exerciam sua autoridade de cima para baixo sem maiores questionamentos. A geração seguinte, a partir do final dos anos 60, incomodada pelo autoritarismo, ao assumir o lugar dos pais agiu no extremo oposto, optando por mais permissividade.

A falta de limites tem conseqüências negativas para a criança e seu desenvolvimento, afinal a criança que não aceita regras, seja para jogar um jogo, para andar no ônibus, para se comportar na escola, terá dificuldades para conviver com os outros.

Os limites ajudam a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação. Ela tem que apreender a esperar sua vez, a compreender que existem outros e que precisa compartilhar. A insuficiência de limites pode conduzir a uma desorientação, a uma falta de noção dos outros, de respeito e até à criminalidade em alguns casos extremos.

Colocar limites não significa ser autoritário, mas sim ter autoridade. Através da colocação de limites os pais ensinam a criança a respeitar-se e a respeitar os outros. Dizer "não" para uma criança, e ensinar-lhe que ela também pode dizer não quando alguém quiser lhe impor atitudes ou comportamentos. Na medida em que os pais percebem as necessidades da criança, as identificam e as apontam, ela poderá também identificar quais suas próprias necessidades.

Por exemplo, se uma mãe percebe que seu filho está morrendo de sono e precisa dormir, e ela é firme e lhe disse que é hora de dormir, mesmo que ele resista aos poucos ele poderá identificar seu próprio cansaço e a necessidade do corpo de descansar. Existem muitos adultos que não ouvem as mensagens do próprio corpo, dor, cansaço, fadiga, e passam por cima dos limites do corpo, o que freqüentemente provoca stress e adoecimento. Por outro lado, é comum ouvir as jovens hoje em dia dizerem não saber como dizer "não", a um namorado que deseja ter uma relação sexual.

Colocar limites não significa privar de liberdade. Quanto mais cedo, os pais colocarem os limites de forma afetiva e com segurança de propósitos menos problemas terão na puberdade e na adolescência, fase na qual as crianças se revoltam contra as imposições desmedidas e transgridem aquilo que é insuportável.

É importante que os pais dialoguem com os filhos e expliquem quais os propósitos dos limites. Se mesmo assim as crianças não obedecerem, às vezes é necessário colocar sanções, com o intuito das crianças se responsabilizarem pelos atos e pelas suas decisões.

A tarefa de dizer não, por outro lado, inicia-se desde o nascimento. A importância do "não" e do estabelecimento de limites é fator organizador na formação da personalidade de todo ser humano. Desde ao redor de um ano de idade aproximadamente a criança precisa aprender a ouvir a palavra "não" e o os pais de pronunciá-la.

As crianças passam pela "fase do negativismo", na qual a criança fala quase compulsivamente a palavra "não", testando sua força diante da autoridade do adulto, pai ou mãe. Com esse comportamento as crianças estão experimentando até onde podem chegar e até onde os pais deixam ir.

As crianças precisam de regras claras, objetivas e coerentes colocadas com segurança e na hora certa. O estabelecimento de limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los. Ter de enfrentar o choro, resmungos, esperneio e a sensação provocada pela criança de que somos pais "maus" e injustos é difícil de tolerar. É fundamental conhecer quais os recursos mentais da criança em cada faixa etária. Por exemplo, antes dos 4 ou 5 anos é quase impossível esperar que uma criança compreenda e aceite as regras de um jogo. Ela vai querer jogar e ganhar toda vez. Obrigá-la a aceitar regras antes do tempo seria um limite absurdo. Porém, a partir dos 6 anos a criança já terá adquirido a capacidade para aceitar as regras e a vez dos amiguinhos.

Quando a criança é pequena, ela não sabe o que lhe faz bem e o que é prejudicial para sua saúde; são os pais e professores que aos poucos precisam ir ensinando-lhes estes valores, colocando limites, dizendo "não", para que ela possa apreender por si só e se tornar autônoma, conhecendo seu próprio corpo.Também, para que as crianças entendam a importância dos limites é fundamental, que os pais sejam coerentes, fazendo ou deixando de fazer aquilo que foi proibido para a criança fazer.

Maria Cristina Capobianco é psicóloga e autora do livro "O corpo em off" (Ed. Liberdade).