terça-feira, 11 de outubro de 2011

Projeto: Semana da Criança


Por: Educadora Cris, do blog “Dicas Pedagógicas”, onde encontram-se vários arquivos com brinquedos, dinâmicas, jogos e brincadeiras para a semana da criança.

Objetivo:
Promover, durante a Semana da Criança, atividades extra-classe, variadas e interessantes, visando oportunidades de lazer e socialmente educativas.
Atividades sugeridas:
• Competições esportivas;
• Demonstração de ginástica;
• Pintura de mural pelos alunos, nos próprios muros da escola;
• Gincaninhas/tarefas: – resolver palavras cruzadas, – decifrar cartas enigmáticas, – contribuir com roupas velhas, doces e brinquedos, para doações; – contribuir com livros usados para a biblioteca. (a depender da faixa etária da turma, optar por tarefinhas mais fáceis)
Ou poderá ser dessa outra forma:
Cada sala deverá ficar incumbida de um setor, pesquisando e escolhendo tipos de atividades a serem efetuadas durante o projeto. Serão escolhidos os monitores para cada sala, que irão comandar as atividades de cada setor. Esta atividade deverá envolver os pais e as pessoas da comunidade, promovendo assim a integração entre eles.

Mais sugestões de atividades:
• Recreação: corrida do ovo, queimada, boca de forno, chicotinho queimado, morto-vivo,passa anel e outros.
• Jogos de mesa: da memória, baralho, dominó, bingo e outros.
• Gincanas: atividade planejada de acordo com a faixa etária, entre o professor e os alunos, se for o caso.
• Corridas: de sacos, de obstáculos, de revezamento, etc.
• Oficinas de teatro: Fazer maquiagens, colocar roupas, perucas e acessórios para as crianças fazerem dramatizações.
• Oficinas de artes: colocar materiais diversos para os alunos desenvolverem trabalhos de pinturas, desenhos, colagens e trabalhos de sucatas.
• Oficina de música: cantigas de roda, bandinhas, brinquedos cantado do nosso folclore.
• Concurso de danças : com danças de músicas que são sucesso no momento.
Resgatando os brinquedos populares: durante a semana da Criança,poderá ser organizado o “Dia do Brinquedo Popular”, com atividades que envolvam a criatividade,psicomotricidade e a socialização integral.Os alunos poderão pesquisar com os familiares outros tipos de brinquedos populares com que seus pais e avós se divertiram.

Sugestões de brincadeiras:
• Pular corda
• Bola de gude
• Corrida de sapo (CRIANÇAS AGACHADAS)
• Perna de lata
• Pipa
• Corre cutia
• Amarelinha
• Estátua
• Bilboquê
• Outros

Atividades diversas:
Integração com a comunidade:
• Visitas às indústrias ou casas comerciais;
• Visitas a clubes;
• Visitas à creche e asilos

Apresentação de uma atividade cultural:
• Cinema;
• Teatro;
• Show de mágicas, de talentos;
• Números de danças folclóricas.

Campeonatos esportivos:
• Corridas;
• Natação;
• Corrida de bicicleta;
• Passeio ciclístico;
• Cabo de guerra, outros.

Culminância do Projeto:
Lanche preparado pela escola para todas as crianças. Distribuição de brindes e entrega de prêmio e medalhas.
Fonte: http://www.educadoracristinasouza.blogspot.com/

Crianças podem se maquiar


O uso de maquiagem por crianças costuma ser criticado como um movimento de sexualização precoce, mas muitos adultos se esquecem da função lúdica da pintura. Recente sucesso da internet, a garotinha Madison Hohrine, de cinco anos, mostrou em seu canal do Youtube que nem sempre é preciso entrar em pânico quando as crianças pegam nos pincéis.
Diante da câmera, Madison faz tutoriais de beleza com desenvoltura e copia as técnicas das profissionais – por exemplo, coloca a mãozinha contra o produto apresentado para dar visualização. Na descrição dos vídeos, a mãe avisa que não deixa a menina usar suas maquiagens. Madison apenas finge que está passando base, pela simples brincadeira. Outros produtos já são permitidos à garota, como lápis e gloss.
Para Edimara de Lima, diretora pedagógica da Prima Escola Montessori, brincar com maquiagem pode ter tantos benefícios como qualquer outra atividade criativa, seja para desenvolver um personagem ou apenas para testar cores e texturas. O importante é preservar a característica de brincadeira.
Não é comum vermos meninas brincando de casinha? Isto não quer dizer que elas estejam ultrapassando os limites da idade, mas apenas encarnando um personagem. O mesmo vale para a maquiagem. “Se ela está entrando na fantasia, usando a imaginação, é proveitoso. O que não pode é a criança usar maquiagem para ir à escola ou acompanhar a mãe ao supermercado”, diz a diretora.
“Uma coisa é brincar em casa, se maquiar de brincadeira. Outra é a criança sair na rua como se fosse um miniadulto”, concorda a psicóloga e psicopedagoga Alba Weiss, do Rio de Janeiro. Portanto, ter cuidado em deixar a criança usar a maquiagem apenas de maneira lúdica é importante, mesmo quando a brincadeira, de vez em quando, é imitar gente grande.
A filha que quer usar maquiagem igual à mãe, por exemplo, deseja sentir como é ser uma pessoa que ela admira. “É natural a criança querer experimentar o que os pais fazem, como usar o salto alto da mãe ou o computador do pai”, afirma Beatriz Sant’Anna, neuropsicóloga do Centro Paulista de Neuropsicologia. “Este movimento não precisa ser impedido”.

Como incentivar uma dieta saudável para crianças

No próximo dia 12 de outubro é comemorado o Dia das Crianças. Nessa data os pequenos têm o privilégio de curtir com brincadeiras e passeios voltados para a sua idade, mas sem descuidar da alimentação.Refeições leves  e saudáveis garantem a diversão, mas existe uma grande dificuldade das mães em unir praticidade com qualidade e fazer com que os filhos aceitem o que é servido.
De acordo com a Gerente de Nutrição do HCor – Hospital do Coração em São Paulo, Rosana Perim, é fundamental uma alimentação variada e balanceada, que garanta o fornecimento de energia e todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças. O consumo de alimentos variados pode permitir que a alimentação seja mais divertida e gostosa. Comer com moderação e sem proibições é perfeitamente possível, desde que haja orientação dos especialistas.
Para compor uma alimentação equilibrada é preciso seguir os princípios básicos da pirâmide alimentar escolar. Os alimentos estão distribuídos na pirâmide em seis níveis, de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua composição.

“No topo da pirâmide estão as gorduras, óleos, molhos para saladas, azeite, margarina e doces em geral. Estes alimentos fornecem calorias e poucos nutrientes e devem ser consumidos com moderação e presentes na preparação dos alimentos. Abaixo desses, estão os grupos de alimentos ricos em proteínas, cálcio, zinco e ferro. São principalmente os de origem animal como leite, queijos, iogurtes, carnes, aves, peixes, ovos e leguminosas (feijão, ervilha, soja, lentilha e grão de bico). No nível seguinte da pirâmide encontram-se os alimentos de origem vegetal como verduras, legumes e frutas, que são importantes fontes de vitaminas, minerais e fibras e, na base da pirâmide, estão os alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade, pois fornecem energia ao nosso corpo. As principais fontes são os pães, cereais e massas”, esclarece a Gerente de Nutrição do HCor.
Como inovar o cardápio dos pequenos e compor as refeições de forma variada e saudável:
 Alimentos de todos os grupos: procurar oferecer na alimentação aqueles que forneçam proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e sais minerais;
 Proporção adequada de alimentos: os alimentos que compõem a alimentação da criança devem atender às necessidades nutricionais diárias;
 
• Variar sempre que possível os alimentos: variar o consumo de alimentos é uma estratégia importante para obter todos os nutrientes necessários e para tornar as refeições mais divertidas e gostosas. O importante é evitar a monotonia.
Entre as ações que os pais podem fazer para incentivar a ingestão de alimentos saudáveis é tentar deixar as preparações apetitosas para o consumo, incluindo desde frutas frescas como morango, banana, maçã, pêra, salada de frutas, até gelatina, bolo preparado com flocos de aveia, bolo de cenoura, biscoitos caseiros integrais, sucos e água de coco.
Usar a criatividade decorando os pratos é uma alternativa para chamar atenção das crianças menores. Fazer uma flor com parte do tomate ou montar um boneco com ovo cozido, por exemplo, pode auxiliar a prender a atenção da criança para a alimentação correta. Para os maiores, o ideal é introduzir verduras e legumes na massa e no recheio de tortas, preparar pastéis assados e recheados com verduras e queijo, fazer sobremesas à base de iogurte desnatado ao invés de creme de leite e chantilly, colocar torradinhas de pão integral nas saladas e queijo magro ao invés de parmesão são algumas sugestões. A criança que se alimenta de todos os nutrientes na quantidade adequada brinca mais, tem maior facilidade no aprendizado escolar, cresce e se desenvolve melhor”, sugere Rosana Perim.
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

10 coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse


1) Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter.
Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope.
Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente.
Sendo criança eu ainda estou descobrindo.Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim.E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?

2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo.
Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim.
O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender.
Vou explicar o porquê: uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível.
Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes.
O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível.
O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja.O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual.
Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho.
O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando.
Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
 
3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer) Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim.
Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo.Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João".
Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.

4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações.Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras.
É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de fazer.Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.

5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado.Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto.
Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado).
Por outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem.
Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.

6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim.Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender.
Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas.
Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.

7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de CONSERTO.
Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.

8) Por favor, me ajude com interações sociais, pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído.
Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente.
Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: Você esta bem?.

9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle.Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo.
Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação.
Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.

10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição.Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso.
Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa.
Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu.
Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol.
Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo, uma possível resposta para Alzaheim o enigma da vida extraterrestre
O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver ate onde eu posso ir.

CONTO COM VOCÊ!!!

Retirado do site: http://www.autimismo.com.br/


Agressividade Infantil


     Quando pensamos em crianças, logo associamos à imagem angelical de pureza e doçura. Por isso nos causa grande espanto e desorientação ao ver atitudes agressivas em crianças pequenas.
     A agressividade é uma força instintiva que como outras são inatas em todos os seres humanos. Especialmente a criança, expressa tudo o que é mais essencial do ser humano, uma vez que ela ainda não completou seu amadurecimento moral e intelectual, ou seja, ela não tem recursos próprios para se relacionar com o mundo. Assim, nas crianças, percebemos as características essenciais e instintivas do ser humano com a agressividade, porém é individual de cada uma como e o quanto esta se manifesta.

Como Lidar
     Diante de uma criança que expressa uma agressividade excessiva, devemos compreender o contexto em que isso ocorre. O primeiro passo é verificar se existe em seu convívio familiar e escolar, algum fator que esteja estimulando a reação agressiva. Se esse for o caso os adultos podem orientar a criança á ter atitudes alternativas para resolver a situação, se for necessário o próprio adulto poderá interferir na situação.
     Em crianças que tem como característica pessoal uma força agressiva intensa, os pais podem proporcionar-lhes oportunidades de direcionar essa força para um caminho produtivo como atividades artísticas ou nos esportes.
 
Um Alerta
     A criança que tem características que não correspondem as expectativas dos pais, familiares e professores encontrará muitas dificuldades no seu desenvolvimento caso os adultos de seu convívio a tratem como uma criança problema, estranha e indesejável, pois isso prejudica ainda mais a possibilidade dela se aceitar do jeito que é e se tornar uma pessoa saudável.
     Saudável não é a criança que age e se comporta segundo os padrões que nós estabelecemos. Saudável é a criança de bem com ela mesma e de bem com a vida.
 

Luciana Ibri
Psicoterapeuta
Consultório: (011) 37214862.
E-mail:
Krystalluz@aol.com

 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Nove Regras para Criarmos uma Criança Tímida

"Poucas pessoas sabem disso, mas, assim como os vícios são hábitos, pensar negativamente também o é..."
Autor: Jon Talber
Imagine que uma criança tem o potencial
para ser qualquer coisa, inclusive fazer a diferença
 que não fizemos...
A timidez é um aprendizado, um estado de comportamento criado por nós, do mesmo modo que se cria um hábito, como por exemplo, o colecionar carrinhos em miniatura, ou selos; ou a preferência por um refrigerante, ou a ver o belo como feio e vice e versa.

Somos capazes de criar, tanto aquilo que preferimos e desejamos, quanto aquilo que repudiamos. E tudo isso são comportamentos, facetas psicológicas que depois de se tornarem partes integrantes de nossas personalidades, servirão para alguma coisa, e serão usadas, sejam para nos proporcionar insatisfações, ou satisfações.

É como um filho que criamos. Podemos lhes dar carinho e atenção, mas, não podemos nos assegurar que jamais terão contato com a coisa contrária e seguirão um caminho adverso. Um comportamento, depois de criado, ficará dormente, em estado de espera, ou será aplicado imediatamente, a depender da ocasião. Sem uso, jamais permanecerá, mesmo que o seja apenas em nossos sonhos inconscientes.
Com freqüência nos chegam as crianças tímidas. Não porque assim nasceram, mas porque foram fabricadas, criadas até de forma involuntária, uma vez que poucos, como pais e educadores, conhecem as regras a seguir. São observações simples, que podem ser facilmente constatadas, em nosso convívio diário, seja em casa ou na escola, seja entre incultos, ou cultos.

Evidentemente a lista não se presta a criar estados de timidez em quem quer que seja, mas, antes disso, serve como guia para nos inteirarmos das causas e assim evitarmos a criação de algum, estando ou não sob nossos cuidados.
  1. Sempre compare sua criança com a criança do vizinho, ou do seu amigo, ou com seu irmão, especialmente quando se trata de uma habilidade que a mesma não possui.
  2. Cubra-a de elogios, de modo que cresça ofuscada pelo mimo caseiro, ocultando assim suas falhas, suas limitações de qualquer natureza, assim ela ficará surpresa quando o mundo lá fora a rejeitar, sem que ela compreenda o motivo.
  3. Revele, diante dos seus colegas, situações que lhe sejam embaraçosas, especialmente aquelas pequenas manias que ela tenta a todo custo ocultar; ou pequenas preferências, que antes eram apenas segredos caseiros. Mas antes saiba que, isso a fará sentir-se envergonhada, menor que as outras.
  4. Obrigue-a a ser irreverente, assim como a mais extrovertida da classe, ou da rua onde mora, indicando claramente que seu comportamento, que representa seu modo natural de “ser”, seja qual for ele, é considerado anormal, uma deformação.
  5. Defina “o ser” a mais bela das belas como sendo uma obrigação, assim ela poderá se olhar no espelho, e ao comparar-se com a beleza das outras e sentir-se impossibilitada de imitar, se sentir um traste, uma aberração digna de ser rejeitada pelo mundo.
  6. Ignore seus talentos naturais, sempre preferindo as qualidades dos outros; sempre tomando como referência os mais hábeis, os vencedores de fora, os famosos, mesmo sabendo que tudo aquilo são personalidades falsas, especialmente construídas para o mercado das aparências, do consumo.
  7. Faça-a sentir-se embaraçada na frente dos amigos ou convidados, com comentários jocosos, citando o modo como se veste, como anda, como fala, seus gostos pessoais, etc. Desse modo ela sentirá vergonha de se expressar, de estar diante dos outros, e tenderá a ver-se como uma coisa anormal, diante de um mundo de normais, que evidentemente, são diferentes de si.
  8. Menospreze suas opiniões, mesmo sabendo que uma criança ainda carece de experiência para tê-las com coesão. Ressalte as opiniões daqueles que sabem tudo, especialmente crianças superdotadas, ou as consideradas gênios, assim, doravante, ela sentir-se-á naturalmente insegura, temerosa de comentar qualquer coisa, de opinar, na sua presença e diante dos de fora.
  9. Esconda-lhe ou ignore suas limitações, assim, ao entrar em contato com o mundo real, lá fora, longe do seguro ambiente do lar, local onde se sente importante, quando de fato puder constatar que não o é, se sentirá humilhada e naturalmente fraca, sem saber lidar com a verdade óbvia, sem compreender o porquê das críticas sobre si.
Agindo dessa forma, com certeza, em pouco tempo, terá diante de si uma criança capaz de temer até a própria sombra.

 

Educando Para Vida - O Mito dos contos de Fada

"Acredita-se que ao adquirir conhecimento, o homem, por reflexo, também se torna sábio. É como adimitir-se que todo tesoureiro é rico."

Autor: Ester Cartago

Na natureza é sinônimo de qualificação aprender com as adversidades, entre humanos, evitá-las...
Por que o mundo das crianças está situado numa espécie de reino, o mais distante possível da nossa realidade, um reino repleto de fantasias, de coisas fáceis, de pessoas gentis, onde o bizarro é coisa inexistente, onde os problemas e dilemas humanos não são sequer mencionados, isso, não temos como saber.

Mas, sabemos que é assim. Assim foi definido. É a prática comum desde incontáveis gerações, é a conduta aceita e glorificada pelas regras sociais que regem cada nação desse mundo, pelos especialistas que definem aquilo que para todos nós é o melhor.

Um mundo onde não existem doenças, onde o mal é tratado como um vilão que atua de fora para dentro do indivíduo humano, como se não fosse parte integrante deste; onde a violência é retratada como uma coisa romântica, capaz ser resolvida pela simples presença de um super-herói ou divindade, que de repente irá surgir do nada, ou sempre que solicitado for.


Um mundo utópico, abstrato, onde os sonhos se concretizam, onde apenas as coisas que dão certo são mencionadas. Um centro, onde a realidade é totalmente deixada de lado, onde o idealismo e fantasia dos chamados contos de fada, que nos chegaram a partir da idade média, criados pelos devaneios de alguns escritores para entreter um público carente de sonhos, que viviam sufocados pela opressão dos costumes da época, uma concepção surreal que logo, no imaginário de cada um, se tornaria tão real quanto as coisas concretas.

Eis a base de toda nossa educação, ao menos a ocidental, onde quer que estejamos, como crianças que somos. Se vivemos em um mundo de constantes desafios, onde os problemas e múltiplas atividades do nosso dia a dia preenchem todas as nossas horas de vigília, onde aparentemente dormimos a acordamos mergulhados em disputas sem fim, o que pretendemos, enfim, como objetivo de vida?

Como podemos mudar o rumo das “coisas” se estas regem todos os nossos passos? Não estamos no controle, as circunstâncias sim. Somos regidos na íntegra, não pela nossa vontade e querer, mas pela necessidade constante de solucionar problemas. Resolver problemas, grandes ou pequenos, esse é o nosso objetivo claro de vida. Não os criamos, foram criados antes de existirmos, mas, por que regem nossas vidas, essa é uma questão pendente de respostas.

Se ensino para meu filho que existe um mundo imaginário, para ele isso é coisa real, onde todos são capazes de, pela vontade, viverem qualquer tipo de sonho que seja possível de se criar pelo pensamento, como espero que devam reagir ao descobrirem, mais tarde, sufocados pela competição da vida, que tudo não passara de uma grande ilusão, mentira?


Por incrível que possa parecer, irão ensinar a mesma coisa para seus filhos. Mas, como adultos, dentro de seu imaginário mais profundo, aquela ideia ainda permanece, agora amparada pela força de suas crenças pessoais, que lhe prometem aquele mundo, onde as fantasias de infância são, de fato, uma realidade à sua espera. Talvez por isso mesmo, não haja um empenho efetivo em melhorar nada por aqui, afinal de contas, de qualquer modo, não faz diferença alguma, não será mais um mundo destinado para nós.

Repetir costumes e modo de vida dos outros, consequentemente, todos os antigos problemas não resolvidos, os medos, as angústias pessoais, todo sofrimento que ao chegarmos já nos espera de braços abertos, os desejos, as chamadas metas existenciais, a tudo isso chamamos de viver. Não podemos escolher uma vez que tudo já está em andamento quando adentramos no palco.



Carinho e proteção são essenciais no desenvolvimento infantil, mas, o excesso de mimos acaba por criar na criança a sensação de que o mundo lhe pertence...

É como se, de repente, ao cairmos, vindos não sei de onde, no leito caudaloso de um vasto rio, deixássemos nos levar pela correnteza. Não há diferença, é uma analogia perfeita para nossa situação. Levados pela enxurrada, resta-nos permanecer boiando, agarrados a qualquer objeto que nos mantenha com a cabeça fora dágua, para que não nos afoguemos. Ali não há tempo para pensar, e nosso maior desejo é que aquilo nos conduza a uma margem segura, para enfim repousarmos.

Manter a cabeça fora da água significa apenas, confiar na correnteza. Acreditamos que ela nos conduz a lugar seguro, que finalmente irá desembocar em terra firme, um lugar sossegado, longe daquela turbulência que ora nos ocupa em tempo integral.

Ocorre que, nossas crianças, quando crescidas, irão enfrentar problemas concretos, problemas que ainda não conseguimos resolver, e conhecê-los desde cedo, talvez, faculte-as a decidirem melhor se, desejam permanecer, como nós, com eles a lhes preencherem as horas do dia. Ensinar para a vida é mostrar-lhe desde cedo o que é o viver, suas facetas, seus conflitos ainda não resolvidos, o imenso e complexo problema no qual se tornou a aventura existencial do homem.

Para que a criança seja capaz de resolver seus conflitos, que são os nossos atuais, precisam, desde cedo a conviverem com eles. Conflitos, ou os motivos que causam os mesmos, são coisas que lhes ensinamos, assim como antipatia e empatia; a odiarem aqueles que nunca conheceram, assim como a idolatrarem outros que são da nossa preferência, e tudo isso faz parte do kit de instruções que lhes damos.




Urgente seria descobrirmos em nós mesmos, de forma clara, objetiva, quais são os nossos atuais problemas, e depois ensinarmos a nossos filhos como viver sem eles, e nunca como viver com eles...

Se somos capazes de lhes ensinar a não gostar ou gostar, a não desejar ou seu inverso, a não resolverem problemas, como esperamos que haja uma transformação no mundo delas? Não mais será nosso mundo, assim como não foi dos nossos antepassados que nos deixaram de herança tudo que agora colhemos. Eles se foram, nos deixaram seus legados, nós ficamos, deixaremos o mesmo legado também para nossos filhos?

Educar não seria lhes ensinarmos como sair dessa imensa e complexa confusão que, embora não a tenhamos criado, somos fiéis multiplicadores? Viver sem conflitos, sem medo, somos de fato capazes de fazer tal coisa, ou melhor, temos tal potencial? Ainda não fomos capazes de demonstrar de forma efetiva se isso, com nossa atual mentalidade e tradições, é coisa possível. Se ainda não somos, quando, de que forma isso irá acontecer um dia com nossos filhos? Haverá de repente, uma mudança, como se fora o desejo de uma fada a empunhar sua mágica varinha de condão?



Importante é nos darmos conta de que, uma personalidade é construída de partes, de eventos e exemplos que serão imitados ou não. Não de trata de um processo de escolha voluntária, não para as crianças. Criança não possui um acervo de vivências suficiente para capacitá-la a escolher da forma mais apropriada, aquilo que lhe serve ou não. Ela tende a imitar, assim como nós, os adultos, já fazemos desde muito tempo. Se temos a nosso favor um lastro imenso de experiência de vida e ainda nos equivocamos em nossas escolhas, o que podemos dizer das crianças, ou jovens?

Elas precisam de nossa ajuda. Precisam conhecer um pouco sobre a vida que terão pela frente. Precisam conhecer as pessoas, seus pontos fracos, suas possíveis falhas e limites. Precisam saber que suas mães, periodicamente, quando sofrem bruscas mudanças em seu humor, estão a passar por processos orgânicos naturais, que a moderna ciência chamou de Tensão Pré-menstrual. Isso decerto evitaria um sem número de conflitos internos com seus filhos, que por não compreenderem essa brusca mudança de comportamento da mesma, logo tiram conclusões equivocadas, o que na maioria das vezes acabam por afetar toda harmonia na convivência do grupo.

Precisam saber o que significa ficar velho, afinal de contas, com sorte, a maioria delas também terá como certeza dos seus dias vindouros, a mesma condição. Não se trata de um processo de escolha voluntária, mas uma certeza. Então, por que isso lhes ocultamos como se fora coisa inexistente? Não seria uma forma lógica de, além de criarmos um maior vínculo de respeito com relação aos mais idosos, aos poucos estreitando a clara indiferença que lhes delegam os mais jovens, também as alertamos para o inevitável fato que a todos aguarda?

Se educar para a vida não passa de repetir procedimentos de forma mecânica, como o ato de dar corda num autômato para reproduzir alguma coisa, não devemos nos iludir, não há possibilidade alguma de transformação pessoal de quem quer que seja, mas apenas de mudança estética, uma maquiagem, no limitado e precário cenário onde todos nós disputamos com unhas e dentes um espaço para sobreviver.